domingo, 13 de julho de 2008

Comentário de Texto.

Comentário do texto: EDUCAÇÃO AFETIVA OU CONTROLADORA? FOCO NO CONTEÚDO OU EM VALORES? disponível no site: http://www.eca.usp.br/prof/moran.

Este texto foi escolhido porque nós educadores precisamos repensar a prática pedagógica, desvinculá-la um pouco de conteúdos e centrarmos nos valores. Talvez com um pouco mais de afetividade nossos alunos elevem a sua auto-estima e desenvolvam a sua autonomia.

Estamos na era da “inclusão”: digital, tecnológica, educacional, entre tantas outras, mas será que estamos praticando a verdadeira inclusão? Aquela em que conquistamos o nosso aluno: o pobre, o faminto, aquele que tem dificuldade, o que apresenta alguma deficiência, o considerado “normal”? Respeitando a sua diferença, mas tratando-o como ser humano?
O educador que precisamos em nossa sociedade atualmente é aquele que inclui os alunos através do incentivo, da esperança, da valorização como pessoa, da acolhida, entusiasmo e motivação, provocando neles a segurança necessária para que exista a confiança mútua. Alunos motivados dedicam-se mais aos estudos, são mais seguros e adquirem mais autonomia. A afetividade é um componente fundamental para que o processo pedagógico obtenha êxito. Podemos chamar esta inclusão de “inclusão afetiva”.
Outra inclusão muito importante é a que podemos chamar de “inclusão de valores”, ou “inclusão ética”, tão necessária para que os alunos, seres humanos que estão “indo” para o mundo, possam encontrar seu caminho, pois em um mundo tão banalizado, onde as aparências é que contam, muitos dos nossos alunos não têm apoio e incentivo em casa, procurando na escola. Daí o papel importantíssimo do professor, pois o mesmo, além de ajudar os alunos à compreensão do conhecimento científico, também é responsável, direta e indiretamente, da inclusão de valores, visões de mundo, sentimentos e modelos de vida.
Naturalmente a mídia interfere na construção desses valores, sendo o principal deles o consumismo exagerado, tão em moda hoje! Então penso que os professores poderiam fazer uso dessa mesma mídia para que a interpretação dada a ela fosse feita de forma diferente, usada na construção do aluno e do professor como seres humanos, ambos aprendentes, bastando que para isso possa se mostrar ao aluno como pessoa: com contradições e em evolução, mas que a competência, a coerência, o equilíbrio e a segurança fazem parte do seu dia-a-dia. Assim sendo, consideramos que o papel político da educação é fundamental para mostrar à sociedade que é possível transformar, através dela, este mundo tão desonesto e consumista, que prejudica a construção dos verdadeiros valores e que as propostas educativas têm por principal objetivo o crescimento dos nossos alunos como verdadeiros cidadãos.

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